segunda-feira, 20 de abril de 2015

Asma e Gravidez

Fazendo um melhor controle


A asma é uma das mais frequentes complicações que pode estar associada à gravidez. Aproximadamente um terço das pacientes asmáticas, apresentam uma exacerbação da doença durante a gravidez e puerpério. Portanto, é muito importante que a futura mamãe tenha em mente a importância do controle pré-natal e do acompanhamento regular durante a gestação, a fim de minimizar as complicações que geralmente estão associadas a um inadequado controle da asma.

Alguns pontos devem ser lembrados para um melhor controle da doença:


  • 0 principal objetivo num tratamento integrado entre o clínico e o obstetra, visa o bem estar da mãe e do feto. A asma, por si só, já predispõe um maior risco de complicações perinatais. Um controle adequado da asma durante a gestação tem se revelado bastante efetivo em reduzir, praticamente aos mesmos níveis da população normal, os índices de complicações perinatais.



  • Uma gravidez programada e mais conveniente para a paciente asmática.



  • Um dos pontos mais importantes se relaciona ao uso de medicamentos anti-asmáticos durante a gravidez.
    A maioria das pacientes interrompe os medicamentos utilizados no controle da doença devido ao consenso genérico que não se deve utilizar medicamentos no primeiro trimestre da gravidez. Contudo, em relação aos medicamentos anti-asmáticos, esta atitude não é recomendada. A interrupção do tratamento de manutenção vai propiciar o descontrole da doença, acarretando sintomas indesejáveis para a gestante e retardando o crescimento do feto.
    Muitos estudos evidenciam que um baixo controle da asma durante a gestação aumenta a possibilidade de ocorrência de recém-nascido de baixo peso e prematuridade. Em relação à mãe, é maior a ocorrência de hipertensão (pré-eclampsia), diabetes, bem como ruptura prematura da bolsa e maior gravidade da doença. Assim sendo, as pacientes que tem asma mais grave e que necessitam de uso de corticóide oral constante como terapêutica de manutenção, tem maiores riscos de complicação. As pacientes com asma moderada e leve, que utilizam regularmente sua medicação de controle, inclusive corticóides inalatórios e períodos de curta duração de corticóides orais, conseguem reduzir bastante os riscos de complicações perinatais.



  • A paciente deve ter em mente que o tratamento adequado da asma durante a gravidez é o objetivo mais importante. Prevenindo episódios agudos, você pode evitar a ocorrência de baixos níveis de oxigênio que pode prejudicar o feto.



  • As recomendações para o tratamento da gestante não diferem em nada das recomendações normais. É importante ter em mente os três pontos principais para se conviver bem com a asma: a- tentar evitar os fatores desencadeantes: b- encontrar a melhor associação de medicamentos que mantenha sem sintomas: c- saber reconhecer precocemente quando a asma está fora de controle e como proceder nesta situação.



  • Quanto ao uso de medicamentos durante a gestação, os remédios empregados estão na categoria dos medicamentos que promovem maior benefício do que risco a paciente. O tratamento de manutenção deve dar preferência aos medicamentos por via inalatória. Os beta 2 e corticóides inalatórios podem e devem ser utilizados. A aminofilina deve ser reservada para as pacientes que não conseguem controle com a terapêutica inalatória.




Ao sentir piora da falta de ar, procure o pronto socorro mais próximo. A maior causa de complicações e mortalidade na asma, é o atraso no atendimento de emergência, quase sempre por culpa do próprio paciente, que tende a menosprezar os sintomas.

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