Matando a curiosidade mais cedo
Atualmente é raro encontrar casais que preferem esperar o momento do parto para satisfazer a curiosidade quanto ao sexo do bebê.
Cada vez mais, eles têm pressa em saber se o filho vai ser um menino ou
uma menina, para o quanto antes lhe dar um nome, fazer planos,
comprar o enxoval e até preparar e decorar o quarto tão sonhado.
Hoje, para a alegria dos pais, não é mais preciso esperar até a 17ª
semana para fazer a ultra-sonografia com este objetivo. Com apenas um
pouquinho de sangue da mamãe, com oito semanas de gestação, já é
possível saber o sexo do bebê, independente da posição do feto para
fazer a identificação.
Após a grande descoberta do cientista chinês Y. Dennis Lo, de que no
plasma materno existe DNA do feto, o biólogo molecular José Eduardo
Levi, do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, realizou um estudo
por seis anos para desenvolver um teste que identifica fragmentos do
cromossomo Y no sangue materno.
Estamos falando da Sexagem Fetal, um teste que, embora esteja sendo
realizado desde 2003 aqui no Brasil, e ficando cada vez mais popular,
ainda é desconhecido pela maioria dos casais.
O teste é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue
da mãe, pela técnica PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), isto é, a
amplificação do DNA.
Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de
células fetais para o sangue materno, através da placenta. O exame
dessas células revela o sexo fetal por um procedimento não-invasivo e
sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de no máximo 20ml
de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar
pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno.
Este teste fundamenta-se na identificação de partes do cromossomo Y -
aquele que determina o sexo masculino no ser humano - na circulação
materna. Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é
submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados
do gene DYS14 específico do cromossomo Y.
O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui
excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e
com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de
gestação.
Trocando em miúdos, a Sexagem Fetal é um teste não-invasivo, com
excelente grau de acerto, a mulher não precisa de nenhuma preparação
especial (não há necessidade de jejum) e todas as grávidas podem se
submeter a ele.
Com uma pequena amostra do sangue da mãe pode se encontrar poucas
quantidades de DNA do feto. A presença do cromossomo “Y” indica que é um
menino e a ausência dele, uma menina. No caso de gêmeos, se forem
idênticos, univitelinos, o resultado é válido para os dois fetos. Em
gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado “Y”, significa que ao menos
um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y”
pode-se dizer que ambas são meninas.
O teste pode ser feito nos maiores hospitais e laboratórios do Brasil e o resultado sai em aproximadamente 5 dias úteis.
O preço é salgado, em torno de R$300,00 a R$450,00, mas parece valer o alívio da curiosidade dos pais.
Estatística brasileira publicada:
Devido aos dados da tabela acima, a idade gestacional mais apropriada para realização do teste é a partir da 8ª semana.
Atualmente, a Sexagem Fetal serve apenas para a determinação precoce do
sexo, entretanto, outras aplicações para o DNA fetal obtido a partir do
plasma materno estão sendo pesquisadas, o que permitirá, no futuro, o
diagnóstico não-invasivo de uma série de doenças, tais como a
ß-talassemia (tipo hereditário de anemia), a acondroplasia (nanismo) e
até a Síndrome de Down.
Acredita-se que, num futuro bem próximo, testes desse tipo venham a
substituir a amniocentese (coleta de amostra de líquido amniótico) e
biópsia de vilo corial (amostra da placenta) para obtenção do cariótipo
fetal. As dificuldades residem no fato de a quantidade de células fetais
no sangue materno ser muito pequena e de difícil identificação.
Também será possível a determinação do genótipo Rh (D) fetal com esta mesma metodologia.
Alguns fatores que podem influenciar no resultado do teste:
Abortamento subclínico
No caso do resultado encontrado ser um teste positivo para cromossomo Y
(feto masculino) e posteriormente verificar-se ser um feto feminino, a
possibilidade que deve ser levantada é se a mãe foi submetida a
procedimento de hiperovulação e/ou fertilização “in vitro”, com
gravidezes múltiplas (2 ou mais embriões). Nestes casos não é incomum
que um ou mais embriões não sobrevivam; e já existem estudos mostrando
que a detecção do DNA destes embriões pode persistir por até 2 semanas,
depois de, por exemplo, um episódio de aborto. Se o embrião abortado for
do sexo masculino, estará explicada a incoerência entre o resultado do
teste de Sexagem Fetal e o sexo do feto em progressão. Outra explicação
seria se a mãe houvesse recebido transfusão de sangue ou transplante de
órgão de um homem.
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Atualmente é raro encontrar casais que preferem esperar o momento do parto para satisfazer a curiosidade quanto ao sexo do bebê.
Cada vez mais, eles têm pressa em saber se o filho vai ser um menino ou uma menina, para o quanto antes lhe dar um nome, fazer planos, comprar o enxoval e até preparar e decorar o quarto tão sonhado. |
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