segunda-feira, 20 de abril de 2015

Como tomar o anticoncepcional

O anticoncepcional deve ser tomado até o final da cartela, sendo 1 comprimido por dia, sempre no mesmo horário. Se é difícil se lembrar de tomar a pílula anticoncepcional deverá ponderar a possibilidade de usar outra forma de contracepção. Veja: Qual o melhor método contraceptivo para mim.
Para tomar o anticoncepcional corretamente, a mulher deve verificar se está utilizando uma pílula de 21 ou de 28 dias, uma vez que o seu uso é semelhante, mas existem pequenas diferenças.
Como tomar o anticoncepcional de 21 dias
Como tomar o anticoncepcional de 28 dias

Como tomar o anticoncepcional de 21 dias

1. Exemplos: Selene, Yasmin, Diane 35, Level, Femina, Gynera.
2. Como usar: Tomar 1 comprimido no primeiro dia da menstruação até o final da cartela, tomando um por dia, todos os dias, sempre no mesmo horário, totalizando 21 dias de toma da pílula. Quando terminar a cartela fazer uma pausa de 7 dias e no 8º dia, iniciar uma nova cartela.
3. O que fazer se esquecer: Consultar a bula do medicamento porque cada pílula anticoncepcional requer um procedimento diferente.

Como tomar o anticoncepcional de 28 dias

1. Exemplos: Micronor, Adoless, Gestinol, Elani 28.
​2. Como usar: Tomar 1 comprimido no primeiro dia da menstruação, tomando um por dia, todos os dias, sempre no mesmo horário, até findar a cartela. Quando terminar a cartela, iniciar outra cartela, sem pausa entre elas.
3. O que fazer se esquecer:
  • Micronor - Esquecimento de até 3 horas: Tome a pílula esquecida assim que lembrar e tome a seguinte no horário habitual, mesmo que isto signifique tomar dois comprimidos no mesmo dia. Use camisinha durante o contato íntimo por 48 horas.
  • Adoless, Gestinol e Elani 28: Se esquecimento maior que 12 horas, tomar o comprimido assim que lembrar e o outro no horário habitual, mesmo que tenha que tomar 2 comprimidos no mesmo dia. Use camisinha nos próximos 7 dias.

Como tomar o anticoncepcional de 24 dias

1. Exemplos: Mínima, Mirelle, Yaz.
2. Como usar: Tomar 1 comprimido no primeiro dia da menstruação, tomando um por dia, todos os dias, sempre no mesmo horário, até o final da cartela. Fazer uma pausa de 4 dias e iniciar uma nova cartela no 5º dia após a pausa.
3. O que fazer se esquecer: Se o esquecimento for inferior a 12 horas, tomar o comprimido esquecido e o próximo na hora habitual. Se o esquecimento for maior que 12 horas:
  • Na primeira semana: tomar o comprimido esquecido assim que lembrar e tomar os outros no horário habitual, mesmo que tome 2 comprimidos no mesmo dia. Usar camisinha em cada contato íntimo durante os próximos 7 dias.
  • Na segunda semana: não há problema, tomar os comprimidos corretamente, sempre no mesmo horario.
  • Na terceira semana: tomar o comprimido esquecido e os outros a seguir normalmente, sempre no mesmo horário e não fazer pausa, iniciando uma nova cartela assim que acabar esta, OU pare imediatamente de tomar os comprimidos, fazendo uma pausa de 4 dias e depois inicie uma nova cartela.

Como tomar o anticoncepcional pela primeira vez

Para tomar o anticoncepcional pela primeira vez, a mulher deve ingerir o 1º comprimido da cartela no 1º dia da menstruação e continuar a tomar 1 pílula por dia até ao fim da cartela, seguindo as instruções da bula vinda na embalagem da pílula anticoncepcional.
A mulher que utiliza um anticoncepcional com 21 comprimidos deve fazer uma pausa de 7 dias no final de cada cartela e iniciar a próxima apenas no 8º dia, mesmo que a menstruação tenha terminado mais cedo ou ainda não tenha acabado.
O período de pausa pode variar de acordo com a pílula, sendo que no caso do Yaz, por exemplo, o intervalo é de apenas 4 dias. Assim, a mulher deve ler as indicações da caixa ou seguir as indicações do ginecologista antes de tomar o anticoncepcional.

Que horas tomar o anticoncepcional?

A pílula anticoncepcional pode ser tomada a qualquer hora do dia, porém, é importante que ela seja tomada sempre na mesma hora para evitar esquecimentos.
Uma boa dica é tomar a pílula sempre pela manhã, pois assim, em caso de esquecimento, existe muito tempo do dia para lembrar de tomá-la. Colocar um alarme no celular ou no computador também pode ajudar a lembrar de tomar a pílula na hora certa.

Aprenda a detectar sua ovulação

Como saber se você está ovulando

A ovulação acontece quando um dos seus dois ovários libera um óvulo. É o óvulo que o espermatozoide tem de encontrar para que a fecundação ocorra e um bebê comece a se desenvolver.

Seu período mais fértil vai de dois a três dias antes da ovulação até o próprio dia em que a ovulação acontece. É ainda possível engravidar até 24 horas após a ovulação, já que o espermatozoide pode atingir o óvulo nas trompas, no trajeto final antes de entrar no útero.

Se você souber quando vai ovular, pode se programar para ter relações sexuais nesse período e aumentar suas chances de engravidar.

Aqui estão as maneiras de descobrir se a ovulação está próxima, da mais simples à mais precisa.

Método 1 de detectar a ovulação: contar os dias do mês

A maneira mais fácil de ter uma estimativa de quando vai ovular é contar os dias de trás para frente no seu ciclo menstrual (Atenção: esse método só funciona para quem tem a menstruação bem regulada).

Primeiro, tente calcular a data provável do início da sua próxima menstruação (que será o primeiro dia do seu ciclo menstrual), levando em conta a média de quantos dias têm sido seus ciclos.

A partir do dia provável do início da sua próxima menstruação, conte 12 dias para trás e ainda os quatro dias anteriores a esses 12 dias. É muito provável que sua ovulação ocorra neste intervalo de cinco dias.

Por exemplo, se você, como a maioria das mulheres, tem um ciclo de 28 dias, há uma grande chance de sua ovulação ocorrer entre o 14o e 18o dia do ciclo. Mas, se seu ciclo for mais curto, a ovulação poderá ocorrer antes desses dias. Se for mais longo, ela ocorrerá depois.

Quer ajuda para fazer a conta? Deixe a matemática da ovulação por conta do BabyCenter Brasil. Conheça a nossa calculadora da ovulação. Ela mostra quando deve ser seu próximo período fértil e ainda a data estimada do nascimento do bebê, se você engravidar, para você já começar a sonhar.

Método 2 de detectar a ovulação: observar a temperatura, muco e colo do útero

Uma maneira mais exata de descobrir quando vai ovular é manter um diário da sua temperatura basal, de seu muco cervical e das mudanças no seu colo do útero durante alguns ciclos menstruais, montando um gráfico. É um método gratuito e natural, mas que exige tempo e empenho.

Se você fizer suas anotações todo dia, poderá começar a perceber que seu corpo segue um padrão quando um dos ovários está prestes a liberar um óvulo. Esse método é útil principalmente para conhecer seus ciclos, mas o defeito dele é que ele detecta a ovulação com mais certeza depois que ela já aconteceu.

Os dados dos gráficos podem ajudar um especialista em fertilidade a descobrir o que está acontecendo com seus ciclos. Ele pode descobrir, por exemplo, que você não está ovulando, ou que determinada fase do seu ciclo é curta demais.

São sinais da ovulação:
  • Último ou penúltimo dia de temperatura do corpo baixa antes da elevação da temperatura por vários dias seguidos
  • Secreção vaginal parecida com clara de ovo
  • Colo do útero alto e macio

Para entender direitinho como se faz o gráfico, comece pelo artigo sobre como desvendar sua temperatura basal.

Também há mulheres que sentem dor quando a ovulação acontece. Se for o seu caso, tome nota do dia para juntar com os outros dados.

Método 3 de detectar ovulação: teste de farmácia para medir hormônios

Um método ainda mais certo para prever a data da ovulação é o teste dos níveis hormonais. O mais prático deles é o que pode ser feito com um kit vendido em farmácias, semelhante aos testes de gravidez, que reagem à urina.

O kit de ovulação detecta o aumento nos níveis de hormônio luteinizante (LH), o que significa que um de seus ovários está prestes a liberar um óvulo. A vantagem é que esse teste caseiro aponta um resultado positivo um dia antes da ovulação, dando a você tempo para planejar sua atividade sexual.

A grande desvantagem, no entanto, é o alto custo, caso você tenha que utilizá-lo por muitos ciclos. Você pode precisar gastar vários testes por mês até conseguir o positivo para ovulação.

Método 4 de detectar ovulação: ultrassonografias seriadas

Outra metodologia que está se tornando mais difundida quando há dificuldade de gravidez, mas com acompanhamento médico, é o chamado ultrassom seriado. Através de uma sequência de ultrassonografias transvaginais, que começa ainda no período menstrual e é repetida em um intervalo de poucos dias, o médico observa as alterações nos ovários e no endométrio (revestimento do útero) durante o ciclo.

Dessa maneira, o especialista pode estimar com mais precisão quando a ovulação está prestes a acontecer. Um dos ovários pode aparecer ligeiramente mais volumoso e o endométrio fica mais espesso.

Assim o médico pode orientar você a manter relações sexuais no momento mais propício, além de observar seu ciclo para ver se há algum problema.

Já sei quando ovulei. E agora?

Se você sabe com certeza o dia da ovulação, naquele ciclo só resta esperar para ver se a gravidez aconteceu ou não. Se você estiver medindo a temperatura, continue, porque temperatura alta 18 dias após a ovulação é bom sinal de gravidez. Se a menstruação atrasar, pode fazer o teste de gravidez.

Mas, se a menstruação apareceu e suas esperanças foram por água abaixo, comece a observar seu corpo de novo, para detectar a próxima ovulação. Fazendo isso por alguns meses, você tem como identificar um padrão que a ajudará a prever quando ocorrerá a ovulação no seu próximo ciclo.

Se você descobrir que ovula regularmente em um mesmo dia do ciclo (por exemplo, o 15o dia -- contando a partir do dia 1, que é o primeiro dia da menstruação), é ótima notícia. Além de ser um padrão mais fácil de ser identificado, você poderá ter praticamente certeza de que vai ovular no 15o dia do próximo ciclo também.

Se você já estiver fazendo seus registros há alguns meses e perceber que sua ovulação ocorre em dias diferentes do ciclo menstrual (um mês no 14o, depois no 17o, depois no 12o), o jeito é tentar identificar se suas anotações mostram algum sinal previsível do seu corpo.

Por exemplo, você pode descobrir que normalmente ovula no segundo ou terceiro dia do muco cervical com consistência de clara de ovo, ou que sua temperatura cai ligeiramente antes de subir por um período prolongado. Essa combinação de sinais pode ajudá-la a prever quando estiver prestes a ovular.

Ou talvez você perceba que demora muito para ovular, ou que nem ovula em alguns ciclos. São informações valiosas para um especialista tentar identificar causas da dificuldade de gravidez.

Lembrando que a data da ovulação pode variar quando existem fatores de estresse para o organismo, como uma viagem para outro país, uma mudança significativa na dieta ou no nível de atividade física.

Quando devo ter relações, sabendo o dia provável da ovulação?

O período mais fértil do ciclo dura cerca de cinco dias: de três dias antes da ovulação até um dia depois da ovulação. Você pode começar a ter relações até um pouco antes, se quiser -- algumas mulheres engravidam de relações sexuais que ocorreram seis dias antes da ovulação.

O período fértil dura todos esses dias porque os espermatozoides sobrevivem de cinco a seis dias em seu corpo, enquanto seu óvulo dura um dia. A maioria dos especialistas recomenda ter relações sexuais pelo menos dia sim, dia não durante o período fértil para ter mais chances de conceber.

É fundamental saber quando se está ovulando, para engravidar?

Não, não é fundamental saber o exato dia da ovulação para engravidar. Milhões de mulheres engravidam sem nem prestar atenção a nada disso. Termômetros, gráficos, testes e exames sempre estarão disponíveis caso você sinta a necessidade de usá-los.

"A mudança hormonal desencadeada pela ovulação aumenta a libido da mulher, por isso é maior a chance de ela querer ter relação durante o período fértil. A natureza 'conspira' para que se engravide", afirma a obstetra Eleonora Stocchero Fonseca, do Conselho Médico do BabyCenter

Sexagem Fetal

Matando a curiosidade mais cedo



Atualmente é raro encontrar casais que preferem esperar o momento do parto para satisfazer a curiosidade quanto ao sexo do bebê.

Cada vez mais, eles têm pressa em saber se o filho vai ser um menino ou uma menina, para o quanto antes lhe dar um nome, fazer planos, comprar o enxoval e até preparar e decorar o quarto tão sonhado.

Hoje, para a alegria dos pais, não é mais preciso esperar até a 17ª semana para fazer a ultra-sonografia com este objetivo. Com apenas um pouquinho de sangue da mamãe, com oito semanas de gestação, já é possível saber o sexo do bebê, independente da posição do feto para fazer a identificação.

Após a grande descoberta do cientista chinês Y. Dennis Lo, de que no plasma materno existe DNA do feto, o biólogo molecular José Eduardo Levi, do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, realizou um estudo por seis anos para desenvolver um teste que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno.
Estamos falando da Sexagem Fetal, um teste que, embora esteja sendo realizado desde 2003 aqui no Brasil, e ficando cada vez mais popular, ainda é desconhecido pela maioria dos casais.

O teste é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue da mãe, pela técnica PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), isto é, a amplificação do DNA.
Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de células fetais para o sangue materno, através da placenta. O exame dessas células revela o sexo fetal por um procedimento não-invasivo e sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de no máximo 20ml de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno.

Este teste fundamenta-se na identificação de partes do cromossomo Y - aquele que determina o sexo masculino no ser humano - na circulação materna. Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y.
O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de gestação.

Trocando em miúdos, a Sexagem Fetal é um teste não-invasivo, com excelente grau de acerto, a mulher não precisa de nenhuma preparação especial (não há necessidade de jejum) e todas as grávidas podem se submeter a ele.

Com uma pequena amostra do sangue da mãe pode se encontrar poucas quantidades de DNA do feto. A presença do cromossomo “Y” indica que é um menino e a ausência dele, uma menina. No caso de gêmeos, se forem idênticos, univitelinos, o resultado é válido para os dois fetos. Em gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado “Y”, significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas.

O teste pode ser feito nos maiores hospitais e laboratórios do Brasil e o resultado sai em aproximadamente 5 dias úteis.
O preço é salgado, em torno de R$300,00 a R$450,00, mas parece valer o alívio da curiosidade dos pais.


Estatística brasileira publicada:



Devido aos dados da tabela acima, a idade gestacional mais apropriada para realização do teste é a partir da 8ª semana.

Atualmente, a Sexagem Fetal serve apenas para a determinação precoce do sexo, entretanto, outras aplicações para o DNA fetal obtido a partir do plasma materno estão sendo pesquisadas, o que permitirá, no futuro, o diagnóstico não-invasivo de uma série de doenças, tais como a ß-talassemia (tipo hereditário de anemia), a acondroplasia (nanismo) e até a Síndrome de Down.

Acredita-se que, num futuro bem próximo, testes desse tipo venham a substituir a amniocentese (coleta de amostra de líquido amniótico) e biópsia de vilo corial (amostra da placenta) para obtenção do cariótipo fetal. As dificuldades residem no fato de a quantidade de células fetais no sangue materno ser muito pequena e de difícil identificação.
Também será possível a determinação do genótipo Rh (D) fetal com esta mesma metodologia.




Alguns fatores que podem influenciar no resultado do teste:


Abortamento subclínico

No caso do resultado encontrado ser um teste positivo para cromossomo Y (feto masculino) e posteriormente verificar-se ser um feto feminino, a possibilidade que deve ser levantada é se a mãe foi submetida a procedimento de hiperovulação e/ou fertilização “in vitro”, com gravidezes múltiplas (2 ou mais embriões). Nestes casos não é incomum que um ou mais embriões não sobrevivam; e já existem estudos mostrando que a detecção do DNA destes embriões pode persistir por até 2 semanas, depois de, por exemplo, um episódio de aborto. Se o embrião abortado for do sexo masculino, estará explicada a incoerência entre o resultado do teste de Sexagem Fetal e o sexo do feto em progressão. Outra explicação seria se a mãe houvesse recebido transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem. 

Causa desconhecida

Para o resultado de sexo feminino, que posteriormente verifica-se ser uma gravidez de feto masculino, a explicação mais simples é a falta de sensibilidade do teste. Como a sensibilidade do teste é controlada para ser a mesma em todas as análises, provavelmente havia uma quantidade muito pequena de DNA fetal no plasma materno no momento da coleta, que o teste não foi capaz de detectar. Ainda não se sabe o que faz a quantidade de DNA fetal ser maior ou menor no sangue da mãe, por isso ainda não é possível levantar as causas deste tipo de falha. No entanto, é fato que a quantidade de DNA fetal vai aumentando com o avançar da gravidez; portanto, supõe-se que o tamanho do feto e a vascularização placentária relacionam-se diretamente com a quantidade de DNA fetal no plasma materno.

Vale ressaltar que na prática estes erros são raríssimos.




Dúvidas mais frequentes


Quanto custa este teste?

O teste custa em torno de R$300,00 a R$450,00, dependendo do hospital ou laboratório. Nos laboratórios Elkis e Furlanetto e Delboni Auriemo de São Paulo, por exemplo, o valor está por volta de R$340,00. Já no Hospital São Luiz, o teste está saindo por aproximadamente R$300,00 e no Hospital Sírio-Libanês R$360,00, os dois também em São Paulo.


Os convênios médicos cobrem este tipo de exame?

Não, pois ele não é considerado um exame de rotina ou estritamente necessário na gravidez.


Quanto tempo demora para sair o resultado?

Na maioria dos hospitais e laboratórios o resultado do teste sai em 5 dias úteis.


Quem pode fazer o teste?

Qualquer mulher grávida pode se submeter a este teste. Porém, ele não detecta gravidez. Assim, se uma mulher que não estiver grávida fizer o teste, este apontará resultado de menina, pois apenas identificará a ausência de DNA masculino.


A sexagem fetal pode ser feita sem pedido médico?

Sim, como é um exame não-invasivo e sem riscos, não é necessária solicitação médica.


Qual é a idade gestacional ideal para a realização do teste?

O teste pode ser realizado em qualquer fase gestacional, mas os índices de acerto são maiores com o avançar da gravidez. Portanto, aconselha-se que o teste seja feito a partir da 8ª semana, pois desta idade gestacional em diante o acerto é de praticamente 100% .


O fato de a gestante ter tido gestações anteriores de meninos ou meninas interfere no resultado?

Não. Mesmo em casos de a gestante ter gestações anteriores de menino ou menina não há interferência no resultado, pois o DNA fetal é rapidamente eliminado da circulação materna horas após o parto.


E se a gravidez for gemelar (gêmeos)?

Para gêmeos univitelinos (idênticos) o resultado é válido para ambos. Para gêmeos fraternos (mais de uma placenta), se o resultado do teste for menino, isto quer dizer que ao menos um dos gêmeos é menino. Se o resultado do teste for menina, indica que ambas as gêmeas são meninas.


Pode haver resultado inconclusivo?

Sim, estudos preliminares indicam que 5% dos testes apresentam resultados inconclusivos, principalmente se a mãe estiver nas primeiras 7 semanas de gravidez. Nestes casos, é necessária uma 2ª coleta, no mínimo após 2 semanas, para obter-se um resultado definitivo.


E se a mulher recebeu transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem?

Neste caso o exame não é indicado, pois o mesmo acusará um resultado positivo para menino, que pode não ser verdadeiro.


O teste pode indicar alguma anomalia no feto?

Não, o diagnóstico precoce e não-invasivo de anomalias através deste tipo de teste ainda está em estudo.

Menino x Menina




Escolhendo o sexo do bebê


Tanto o núcleo do óvulo como o núcleo do espermatozóide carregam no seu interior 23 cromossomos, bastões microscópicos com todas as características biológicas da mamãe e do papai. Da fusão dos dois núcleos resultam 46 cromossomos, dispostos em pares. Mas o último par é que define o sexo do embrião: se for XX será uma menina; se for XY, um menino.
O núcleo do óvulo é sempre portador de cromossomos X. Portanto, quem determina o sexo é o núcleo do espermatozóide: 50% dos espermatozóides carrega, em seu núcleo, um cromossomo X, os outros 50%, um Y. Assim, as chances de conceber uma menina ou um menino, são absolutamente iguais. (clique aqui para ver uma ilustração).

Infelizmente não existe nenhuma fórmula cientificamente comprovada para se escolher o sexo do bebê, mas muitas mulheres relatam ter conseguido através de alguns métodos naturais.
Embora não há como garantir a eficácia destes métodos, a probabilidade de acerto fica entre 30% a 70%, dependendo de qual é utilizado.

Na verdade, quando se trata deste assunto, o casal tem é mesmo que contar com a sorte e ajuda da natureza. De qualquer forma, não custa tentar. Não é mesmo?

Veja abaixo alguns métodos que você pode utilizar. Mas lembre-se que a única forma de se conceber um bebê do sexo desejado, com 99% de acerto, é através da fertilização in-vitro.


Método alimentar (extremamente perigoso)

Se você se alimentar por vários meses de alguns alimentos salgados ou doces, dependendo do sexo, pode conseguir o sexo desejado. Só que é muito perigoso, pois você pode ficar desnutrida, causando uma anemia durante a gravidez. Portanto, desaconselha-se a utilização deste método.



Método lunar (pouco utilizado)

Você deve verificar a posição da lua antes da relação sexual. De acordo com os astrólogos, se a lua estiver sob os signos de fogo ou ar, as chances de ter um menino são maiores e, se estiver sob os signos de terra e água, há uma maior probabilidade de conceber uma menina.



Método do esperma (o mais utilizado)

Quanto mais perto da ovulação você tiver a relação sexual, maior será a chance de ter um menino e quanto mais distante, maior é a chance de ter uma menina.
Os espermatozóides que levam a carga genética masculina, ou seja o cromossomo Y, têm a cauda mais longa. Por este motivo chegam primeiro ao óvulo. Entretanto, morrem mais rápido, pois são menos resistentes.
Os espermatozóides que carregam a carga genética feminina, por sua vez, são mais lentos, porém mais resistentes.
Esta técnica pode ser mais eficaz se aplicada por mulheres com um ciclo menstrual regular, pois elas sempre sabem o dia em que vão ovular.





Método de controle da acidez do muco cervical
(o segundo mais utilizado)

Os espermatozóides Y, que determinam o sexo masculino, resistem muito pouco ao meio ácido. Portanto, morrem mais rápido que os espermatozóides X.

Exames Pré-concepcionais

Prevenindo problemas na gravidez


A grande maioria dos bebês que vêm ao mundo aqui no Brasil são muito saudáveis, mas cerca de 3% do total apresentam alguma doença ou má formação ao nascerem. Na verdade este índice chega a ser considerado alarmante e ocorre principalmente devido a dificuldade de acesso à informações e à falta de orientação por parte de médicos e especialistas. Entretanto, duas simples atitudes a serem tomadas pelas futuras mamães podem ajudar a diminuir significativamente este percentual.
A primeira, é aumentar a ingestão de ácido fólico 3 meses antes da concepção, mantendo-a até, pelo menos, a 12ª semana de gestação, mas o ideal é continuar até o final da gravidez, inclusive durante a amamentação.
A segunda atitude é realizar os chamados exames pré-concepcionais, que avaliam o seu histórico e estado geral de saúde.

Quem tem condições de planejar uma gravidez com bastante antecedência, ajuda seu bebê a nascer muito mais saudável. Portanto, pelo menos 4 meses antes de engravidar, você deve procurar seu ginecologista para fazer os exames pré-concepcionais a fim de detectar doenças contraídas no passado e as que estiverem ativas, as quais podem significar algum risco para a sua gestação, o desenvolvimento do seu bebê ou mesmo para você.

Nesta consulta, além de checar seu estado geral de saúde, seu médico também vai avaliar se você tem alguma disfunção genética ou hormonal e prescrever vitaminas, em especial o ácido fólico, que é muito importante para evitar possíveis defeitos do tubo neural do bebê. Além disso, ele vai verificar se você recebeu todas as vacinas de rotina e recomendar a aplicação das doses de reforço, ou a necessidade de outras vacinas.
Toda mulher em idade reprodutiva deve estar em dia com todas as vacinas ou, quando não, tomar a tríplice bacteriana (dTpa) contra difteria, tétano e coqueluche; a pneumocócica; a meningocócica C conjugada; a tríplice viral, contra sarampo, rubéola e caxumba; e as vacinas contra hepatite A, hepatite B, hepatite C, gripe, varicela, febre amarela (nas regiões endêmicas), raiva (quando necessário) além da vacina anti-HPV.

Os exames mais importantes que você deve fazer quando está planejando engravidar são:



Hemograma completo:
Seu objetivo é verificar as condições gerais de saúde da futura mamãe como, por exemplo, diagnosticar anemia, infecções, linfomas e quadros tóxicos.
Após este exame o médico tem condições de avaliar se há necessidade do uso de vitaminas, principalmente em razão da insuficiência de ferro.



Tipagem sanguínea e fator Rh:
Se o sangue da mulher é Rh negativo, existe a possibilidade de ter um filho Rh positivo, caso o pai seja Rh positivo. O problema está na hora do parto, quando a mãe entra em contato com o sangue do filho e desenvolve anticorpos para o Rh positivo, o que prejudica a segunda gestação, caso o próximo filho também seja Rh positivo.
A solução para a incompatibilidade sanguínea é fazer a vacina de gamaglobulina anti-D, capaz de reduzir este risco para próximo de zero.
Se o sangue da mãe é Rh positivo não haverá incompatibilidade sanguínea com o sangue do filho, mesmo que ele seja Rh negativo, portanto a doença não se apresenta.



Glicemia de jejum:
Revela a presença do Diabetes Melittus ou avalia o risco de desenvolver a doença, mesmo que a futura mamãe não tenha nenhum sintoma.
É um exame muito importante, pois a doença pode até passar despercebida durante a sua vida, mas se ocorre na gravidez, pode causar má formação do bebê (principalmente no coração e fígado) ou mesmo abortos espontâneos.
O diabetes gestacional, se não for corretamente monitorado, controlado e tratado, também causa diversas complicações para a saúde da gestante.



Urina:
Importante para detectar a presença de bactérias na urina, mesmo que a futura mamãe não apresente qualquer sintoma, e também para o diagnóstico de infecções urinárias.
Quando as infecções não são tratadas, podem causar contrações uterinas ou até parto pré-maturo.



Fezes:
Seu o objetivo é detectar a presença de agentes patogênicos de leveduras, parasitas e bactérias, os quais podem contribuir para doenças que provocam a perda de ferro, mineral importante para a formação do bebê e para a saúde da mãe.
Esse exame fornece informações úteis sobre os medicamentos e produtos naturais que podem ser efetivos no combate aos organismos detectados nos resultados. O exame também avalia os níveis de bactérias benéficas, o nível da função imunológica intestinal, a saúde geral intestinal (a presença de sangue oculto, aminoácido da cadeia curta, pH, mucosa e outros critérios) e marcadores de inflamação.



Exames sorológicos:


Citomegalovírus:
Vírus cujos sintomas da infecção são variáveis, podendo até mesmo ser confundido com uma simples gripe. Na fase crítica, pode aparecer dor de garganta, febre e aumento dos gânglios do corpo, do baço e do fígado. Se a mulher pega essa doença durante a gravidez, existe uma grande possibilidade de passá-la para o bebê e causar sérios problemas, como retardo mental, nascimento com baixo peso, icterícia e pneumonia, problemas de audição e visão, e até mesmo o óbito intra-uterino.

A transmissão vertical do vírus pode ocorrer durante a gestação por passagem através da placenta; ao nascimento, pelo contato da criança com secreção vaginal contaminada ou no período pós-natal, através da amamentação.

Não existe um tratamento para a doença e nem uma vacina para evitar a contaminação, por isso as mulheres que nunca tiveram contato com esse vírus devem ter muito cuidado, pois não têm imunidade.




Rubéola:
Doença viral muito comum e em geral benigna, e que não causa grandes complicações. Contudo, quando ocorre durante a gravidez pode ser transmitida ao bebê, levando, às vezes, à infecções graves que provocam cegueira, surdez, má formações e até morte intra-uterina. Por isso, mulheres que não têm imunidade contra a rubéola, detectada no exame de sangue, devem ser vacinadas, no mínimo, três meses antes de engravidar.
Para as que já estão grávidas, a tríplice viral não pode ser aplicada, pois é feita com vírus vivos atenuados. O que as grávidas podem receber é o reforço da vacina dupla para difteria e tétano. As gestantes que não estão em dia com a tríplice bacteriana devem tomar a dupla contra difteria e tétano para evitar o tétano neonatal.

As vacinas contra varicela e febre amarela também são contra-indicadas durante a gestação, porque também são feitas com vírus vivos atenuados. A recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) é evitar a aplicação de toda e qualquer vacina no primeiro trimestre de gravidez.

As mulheres que foram vacinadas, ou tiveram a doença, e apresentam anticorpos no sangue para rubéola, são consideradas imunes.
Caso a doença ocorra no início da gestação, se o tratamento for feito nos três primeiros meses, as chances de o bebê ser prejudicado são mínimas.




Toxoplasmose:
Causada pelo protozoário chamado Toxoplasma Gondii, é uma doença transmitida através do contato com fezes de animais, principalmente de gatos, da manipulação de terra e da ingestão de carne crua e verduras contaminadas. Se a mulher pega esta doença durante a gravidez, pode haver diversas complicações para o futuro bebê, como má formações, deficiência visual grave quando nascer e outros problemas graves de saúde, apesar de existir tratamento para diminuir essa chance.

As mulheres que já tiveram essa doença não precisam se preocupar, pois têm os anticorpos e estão imunes. Aquelas que não pegaram a toxoplasmose têm que tomar muito cuidado, lavando sempre muito bem as mãos, evitando manipular fezes de animais e mexer com terra, assando e cozinhando muito bem as carnes, lavando muito bem as verduras e tábua de carnes, além de ficarem bem longe de iguarias cruas, principalmente de origem japonesa, árabe e italiana.




Sífilis (VDRL):
Doença transmitida através de relações sexuais desprotegidas, que pode ter importantes repercussões para a saúde da mãe e do bebê. Se a mulher engravida com a doença ou é contaminada durante a gravidez, existe grande risco de abortamento espontâneo e óbito intra-uterino. Ao passar pela placenta e contaminar o bebê, a sífilis também pode causar diversas má formações, a chamada sífilis congênita.

O tratamento é muito simples, à base de antibióticos e quando diagnosticada e tratada corretamente antes da gravidez, os riscos de transmissão são eliminados, a não ser que a mulher seja novamente infectada.




Hepatite B:
Não há registros de que o vírus da hepatite B cause má formação, mas pode ocorrer a transmissão para o bebê na hora do parto. Nesse caso, depois de nascer, o bebê é vacinado e recebe a imunoglobulina da hepatite B, que funciona como um "antídoto".

Para saber se a mulher está imune, ou não, a hepatite B é necessário fazer a dosagem dos anticorpos no sangue. Para as que já estão imunes não existe risco de transmissão. Entretanto, as mulheres que não têm anticorpos da hepatite B no sangue devem ser vacinadas, preferencialmente antes de engravidar, mas a vacina pode ser administrada em gestantes sem qualquer risco, pois é produzida através de engenharia genética




HIV:
Vírus causador da AIDS. A mulher que é portadora deste vírus pode transmiti-lo para o bebê durante a gravidez, parto e amamentação. É por esta razão que esse exame é tão importante, não somente antes da gravidez, como também durante o pré-natal. Quanto mais precocemente se descobrir a doença, maiores são as chances de um tratamento preventivo, reduzindo a possibilidade de transmissão ao bebê para menos de 3%.

Se mesmo assim o HIV for transmitido ao bebê, às chances de sobrevivência são quase de 100%. Isso acontece porque a criança recebe medicamentos anti-retrovirais logo que nasce, não tem contato no parto - que deve ser cesariano - e ainda não é amamentada pela mãe contaminada.


HPV:
É um vírus que se instala principalmente na mucosa vaginal e seu maior contagio é por via sexual. 70% dos casos tem cura espontânea e o restante pode permanecer cronicamente muitas vezes sem sintomas, se manifestando quando ocorre queda de imunidade; na gestação a mulher apresenta queda de imunidade, por exemplo, e normalmente é necessária a cauterização para curar as lesões. Caso apareçam lesões durante a gravidez, não devem ser utilizados ácidos, pois o risco de queimadura química é grande. Primeiramente, deve-se fazer o diagnóstico de certeza, e se realmente for HPV, deve-se realizar cauterização elétrica ou a laser.

O Papanicolaou faz um diagnóstico indireto, pois não detecta o HPV, mas sim a lesão que ele causa no tecido. É preciso ter uma célula doente na lâmina e contar com a sensibilidade do examinador para se obter um diagnóstico preciso.

A presença do HPV durante a gravidez não implica em má formação fetal, nem que mamãe não poderá optar pelo parto normal. O único problema é que, se no momento do parto, na vagina estiverem presentes lesões de HPV, estas poderão contaminar o recém nascido. Neste caso o médico saberá avaliar se a mãe pode fazer um parto via vaginal ou proceder para uma cesariana, pensando no que for melhor para o bebê.

É sempre importante tratar o vírus antes de engravidar, pois na gravidez, com a queda da imunidade na mulher, a sintomatologia do vírus tende a piorar.

Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.

Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.

Desde 2006, o ginecologista conta com a vacina para o papiloma vírus humano como mais uma possibilidade de imunização que vale para todas as mulheres que têm atividade sexual, independentemente do desejo da maternidade. Calcula-se que cerca de 70% da população sexualmente ativa já tenha tido contato com ele, mas em 80% dessas pessoas o vírus é eliminado em um ano. Os dois tipos de HPV mais perigosos, 16 e 18, relacionados com o câncer de colo do útero, são também os mais frequentes.

Mas, para desenvolver a doença, a paciente infectada teria que ter o vírus persistente, que não desaparece em um ano como na maioria da população, e ainda ter lesões precursoras do câncer de colo de útero. A boa notícia é que as duas vacinas contra o HPV, fabricadas por laboratórios internacionais, fazem a prevenção dos tipos 16 e 18. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV, em mulheres de 9 a 26 anos.

As mulheres mais velhas, cujos exames para HPV deram negativo para a presença do vírus, também devem ser vacinadas. As mulheres que já tiveram contato com o HPV não obtêm benefício com a imunização, a não ser contra tipos de HPV diferentes dos com que ela já teve contato.



Leia também as matérias:

"Defeitos do tubo neural"
"Toxaplasmose"
"Citomaegalovírus"
"Infecções congênitas"
"Diabetes gestacional"
"Doenças na gravidez"
"HPV"
"Candidíase"
"Corrimento vaginal"


A um passo da Gravidez

Detectando o período fértil


O período fértil da mulher tem como duração, de três a quatro dias antes da ovulação (quando o ovário expeli um óvulo) até três dias após a mesma. A razão disto é que os espermatozóides podem sobreviver até 72 horas dentro do organismo feminino e o óvulo até 48 horas depois da ovulação (em casos excepcionais até 72 horas), a menos que ele seja fecundado, é claro.

Para a mulher, principalmente a que tem um ciclo irregular, a melhor maneira de determinar o período fértil, é prestar atenção nas mudanças físicas e hormonais do corpo, que acontecem a cada mês, e se familiarizar com os sinais que a ovulação apresenta.

Vejamos agora, as mudanças mais acentuadas que ocorrem durante o ciclo menstrual e quais os métodos de controle que você pode utilizar para detectar o seu período fértil:



Desconforto ou dores abdominais

20% das mulheres sentem no período próximo à ovulação, leves cólicas ou dores no abdômen, que podem surgir no lado correspondente ao ovário que irá expelir o óvulo e durar de alguns minutos a algumas horas. A este fenômeno damos o nome de dismenorreaintermenstrual (Mittleschmerz). Embora possa ter outras causas, se estes sintomas ocorrerem mais ou menos 14 dias antes da próxima menstruação, pode ser indício de ovulação.



Controle do Muco Cervical (Método de Billings)

Existem vários tipos de secreções vaginais, uma delas é o muco cervical, uma secreção natural da mulher que se modifica durante o ciclo menstrual, em termos de volume, textura e aparência, dando pistas sobre a fertilidade da mulher.
O papel fundamental deste muco, durante a época fértil, é nutrir, proteger e ajudar os espermatozóides a chegarem a seu destino, ou seja, percorrerem o útero e penetrarem nas trompas para irem de encontro ao óvulo.


Fase pré-ovulatória (período "seco"):
Logo após o final da menstruação, devido aos baixos níveis de estrógeno e progesterona, algumas mulheres não são férteis, pois não secretam muco, ou secretam muito pouco, que nesta fase se encontra grosso, opaco (branco ou amarelo), pastoso e se quebra quando esticado. Quando a mulher tem um ciclo menstrual muito curto, o período "seco" é ausente ou reduzido em dias.


Fase ovulatória (período fértil):
À medida em que a ovulação se aproxima, as criptas cervicais começam a produzir uma maior quantidade de muco, que a cada dia que passa, vai ficando mais fino, líquido, leitoso e escorregadio. Isso ocorre em razão do aumento da produção de estrógeno, e a mulher já pode notar uma sensação de umidade (sinal de fertilidade). No período onde é mais fácil engravidar, o muco fica transparente, claro, escorregadio e elástico quando em contato com os dedos, indicando que a ovulação está por vir. Quanto mais elástico o muco estiver, mais fértil a mulher estará. O dia do ápice da elasticidade do muco corresponde ao pico da secreção de estrógeno e, fisiologicamente, antecede a ovulação por não mais que três dias. Muitas mulheres comparam o muco desta fase com a clara de ovo, porém ele pode ser amarelado ou avermelhado.


Fase pós-ovulatória (período "seco"):
Aproximadamente quatro dias após o dia do ápice da elasticidade do muco, e devido ao aumento dos níveis de progesterona e diminuição de estrógeno, o muco diminui, volta a ser opaco e perde a elasticidade. Este período já não é mais fértil e a mulher entra no período "seco" pós-ovulatório, que vai até o final do ciclo menstrual.


Como verificar as características do muco:

 
Observe o muco todos os dias, introduzindo os dedos polegar e indicador na vagina. Depois separe os dedos a fim de verificar o aspecto do muco e sua elasticidade, que pode atingir uma distensão de 15 a 20 mm no dia do ápice.




Pontos importantes:

- A eficácia deste método de controle, quando utilizado corretamente, é de 75% a 85%.

- O aspecto do muco é muito mais importante que a quantidade. Isto é, o que mais interessa é sua aparência e textura.

- Se você estiver com algum corrimento vaginal, provocado por infecções no local, você pode se confundir, levando-a à uma interpretação errada do muco. Portanto, este método não deve ser utilizado na presença de corrimentos.

- Um simples stress, viagens, atividades físicas em excesso, medicações, alterações hormonais, cistos de ovário e muitos outros fatores, podem alterar a data da sua menstruação, da sua ovulação, assim como do seu período fértil.

- Se você estiver com alguma dúvida quanto a utilização deste método de controle, não deixe de pedir orientações ao seu médico ou a um profissional de saúde. 

Controle da Temperatura basal

Após a ovulação, que ocore aproximadamente 14 dias antes da próxima menstruação, a temperatura basal da mulher pode aumentar em torno de 0,3 a 0,4 grau, e segue alta até o início da próxima menstruação, e caso a mulher engravide, ela ficará elevada durante toda a gravidez. A elevação não pode ser sentida, a não ser que se utilize um termômetro para detectar esta tão desprezível diferença.
O aumento da temperatura é provocado pela produção de progesterona, que por sua vez, é estimulada pela liberação do óvulo.
A mulher estará na fase de maior fecundidade de um a dois dias antes da sua temperatura chegar ao nível mais alto.








Os especialistas recomendam que se anote a temperatura todos os dias pela manhã (por isso o nome basal), antes de se levantar, e durante alguns meses, pois assim é possível descobrir um padrão e definir a provável data da ovulação.
A temperatura deve ser medida colocando-se sempre o mesmo termômetro na boca (ao invés das axilas), por três minutos.



Pontos importantes:

- A eficácia deste método de controle, quando utilizado corretamente, é de 80% a 90%.

- Este método de controle não deve ser utilizado na menarca (primeira menstruação), próximo à menopausa ou se você estiver doente, pois uma provável febre pode levar você a uma interpretação errada da sua temperatura.

- Um simples stress, viagens, atividades físicas em excesso, medicações, alterações hormonais, cistos de ovário e muitos outros fatores, podem alterar a data da sua menstruação, da sua ovulação, assim como a sua temperatura basal.

- Se você estiver com alguma dúvida quanto a utilização deste método de controle, não deixe de pedir orientações a seu médico ou a um profissional de saúde.


Clique na figura abaixo e imprima o quadro para você anotar sua temperatura basal todos os dias.










Consultoria:
Dr. Alexandre Selvaggio - Ginecologista e Obstetra

Asma e Gravidez

Fazendo um melhor controle


A asma é uma das mais frequentes complicações que pode estar associada à gravidez. Aproximadamente um terço das pacientes asmáticas, apresentam uma exacerbação da doença durante a gravidez e puerpério. Portanto, é muito importante que a futura mamãe tenha em mente a importância do controle pré-natal e do acompanhamento regular durante a gestação, a fim de minimizar as complicações que geralmente estão associadas a um inadequado controle da asma.

Alguns pontos devem ser lembrados para um melhor controle da doença:


  • 0 principal objetivo num tratamento integrado entre o clínico e o obstetra, visa o bem estar da mãe e do feto. A asma, por si só, já predispõe um maior risco de complicações perinatais. Um controle adequado da asma durante a gestação tem se revelado bastante efetivo em reduzir, praticamente aos mesmos níveis da população normal, os índices de complicações perinatais.



  • Uma gravidez programada e mais conveniente para a paciente asmática.



  • Um dos pontos mais importantes se relaciona ao uso de medicamentos anti-asmáticos durante a gravidez.
    A maioria das pacientes interrompe os medicamentos utilizados no controle da doença devido ao consenso genérico que não se deve utilizar medicamentos no primeiro trimestre da gravidez. Contudo, em relação aos medicamentos anti-asmáticos, esta atitude não é recomendada. A interrupção do tratamento de manutenção vai propiciar o descontrole da doença, acarretando sintomas indesejáveis para a gestante e retardando o crescimento do feto.
    Muitos estudos evidenciam que um baixo controle da asma durante a gestação aumenta a possibilidade de ocorrência de recém-nascido de baixo peso e prematuridade. Em relação à mãe, é maior a ocorrência de hipertensão (pré-eclampsia), diabetes, bem como ruptura prematura da bolsa e maior gravidade da doença. Assim sendo, as pacientes que tem asma mais grave e que necessitam de uso de corticóide oral constante como terapêutica de manutenção, tem maiores riscos de complicação. As pacientes com asma moderada e leve, que utilizam regularmente sua medicação de controle, inclusive corticóides inalatórios e períodos de curta duração de corticóides orais, conseguem reduzir bastante os riscos de complicações perinatais.



  • A paciente deve ter em mente que o tratamento adequado da asma durante a gravidez é o objetivo mais importante. Prevenindo episódios agudos, você pode evitar a ocorrência de baixos níveis de oxigênio que pode prejudicar o feto.



  • As recomendações para o tratamento da gestante não diferem em nada das recomendações normais. É importante ter em mente os três pontos principais para se conviver bem com a asma: a- tentar evitar os fatores desencadeantes: b- encontrar a melhor associação de medicamentos que mantenha sem sintomas: c- saber reconhecer precocemente quando a asma está fora de controle e como proceder nesta situação.



  • Quanto ao uso de medicamentos durante a gestação, os remédios empregados estão na categoria dos medicamentos que promovem maior benefício do que risco a paciente. O tratamento de manutenção deve dar preferência aos medicamentos por via inalatória. Os beta 2 e corticóides inalatórios podem e devem ser utilizados. A aminofilina deve ser reservada para as pacientes que não conseguem controle com a terapêutica inalatória.




Ao sentir piora da falta de ar, procure o pronto socorro mais próximo. A maior causa de complicações e mortalidade na asma, é o atraso no atendimento de emergência, quase sempre por culpa do próprio paciente, que tende a menosprezar os sintomas.

A importância do Relaxamento

Ajude seu bebê a nascer bem e tranquilo



A partir do inicio da gravidez a relação mãe / filho já está estabelecida. A história emocional da criança já começou e é importante que os pais possam influir o quanto antes neste processo. Quanto mais cedo começarem esse trabalho, será melhor tanto para a gestante como para o bebê.


Todas as emoções da mãe passam para o feto, bem como os estímulos do ambiente em que vivem. Assim, se a gestante consegue uma gravidez tranquila, seu filho entrará em sintonia com esse estado e será um bebê tranquilo. Um dos métodos para ajudar na manutenção da tranquilidade é o relaxamento.


Vocês já devem ter ouvido muito falar em relaxamento, mas existe uma grande confusão em torno desse termo. As pessoas dizem que vão relaxar, por exemplo, quando vão passar um fim de semana na praia. Realmente, em algumas vezes há um relaxamento mental, pois você se afasta dos problemas do dia a dia. Mas o que acontece realmente é somente um descanso e, às vezes, nem isso. Portanto, não confunda descansar física ou mentalmente com relaxar.


Praticar relaxamento é escolher uma técnica e usá-la diariamente. Somente então você terá todos os benefícios inerentes a essa prática.


Uma das premissas básicas é de que os benefícios das técnicas de relaxamento só podem ser plenamente percebidos após regularmente praticados durante determinado período de tempo. A compreensão intelectual das técnicas não é muito importante, a não ser que se inclua a experiência pessoal. A prática desenvolverá o hábito de relaxar em um nível inconsciente.


Relaxamento geral significa ausência completa de todos os movimentos e ausência total de rigidez em qualquer parte do corpo. Todos os músculos presos aos ossos permanecem frouxos e quando os músculos estão completamente relaxados, os nervos que vão para eles e que partem deles não transmitem mensagens: ficam completamente inativos estando ausentes, inclusive, alguns movimentos involuntários.


Existem várias técnicas de relaxamento e todas elas são benéficas. Depende da adaptação de cada um. Mas em todas elas existem elementos básicos essenciais para trazer todos os benefícios.


Um ambiente tranquilo é indispensável para o exercício. O ideal é escolher um lugar sossegado, silencioso, com o mínimo de distrações possível. Um ambiente assim ajuda a afastar os pensamentos que distraem. Além disso, escolha um momento em que nada possa interferir. Nesse tempo você não estará em casa para atender telefones, campainhas ou para distrações de qualquer espécie. Decida de antemão que nesse período você vai ficar completamente em paz.


Se você tem alguma dificuldade para se concentrar use, sempre, um artifício mental. Para desviar a mente dos pensamentos lógicos, voltados ao mundo exterior, deve haver um estímulo constante: uma palavra ou uma frase repetida em silêncio, a voz de alguém conduzindo o relaxamento, prestar atenção ao ritmo da respiração, olhar fixamente para um objeto como a chama de uma vela, prestar atenção a uma música ou acompanhar uma visualização.


Se ocorrerem pensamentos que distraem, eles devem ser ignorados e a atenção novamente reconduzida àquilo que está levando ao relaxamento. Deixe que os pensamentos entrem e saiam da sua mente sem se prender a eles.


Evite o "deve". O relaxamento é livre e sem esforço. Se você disser a si mesmo: "não devo me mover" ou "devo ficar relaxada" você estará prejudicando seus esforços e prolongando seu tempo de aprendizagem. O melhor é dizer para si mesmo: "eu estou à vontade".


Uma posição confortável é importante para que não haja tensão muscular. A posição mais indicada é sentar-se confortavelmente, pois quando se está deitado há uma tendência a adormecer.


Você deve usar, também, uma música para ajudar a aprofundar o seu estado. Cada pessoa confere um significado particular à música. Assim, quando for relaxar é importante que escolha músicas que considera suaves e tranquilas.


Com o treino, você vai interiorizar uma técnica de relaxamento que poderá ser usada na hora do parto, diminuindo as dores e ajudando seu bebê a nascer bem e tranquilo.



Experimente! Tenho certeza que você se sentirá muito melhor.

Meu bebê nasceu! E agora?

Cuidados com o recém-nascido


Quando você voltar com seu bebê para casa, vai iniciar uma desgastante e longa maratona. Horas de sono serão perdidas para trocar, consolar e alimentar seu filho, enquanto seu corpo pede desesperadamente por uma cama. Quando você finalmente conseguir dar uma deitadinha, escutará o choro dele, e aí começará tudo de novo!
É ... Ser mãe é assim mesmo! Às vezes será necessário você se desdobrar em duas, três, ou até mais vezes para que não falte nada ao seu lindo bebezinho.

Nesta matéria, você vai encontrar uma série de informações e esclarecimentos para muitas de suas dúvidas, e também muitas dicas de como cuidar do seu bebê nos primeiros dias de vida.



Uma breve conversa

Quando seu bebê for para casa após nascer, todo o carinho e dedicação que você tiver disponível, passará a ser para ele. Por isso, o papai e seus filhos mais velhos poderão se sentir um pouco abandonados e enciumados. Isto é absolutamente normal e todos deverão compreender esta crise de ciúmes e se habituar com a presença do pequenino. Mas você, apesar de estar super atarefada, nunca deverá deixar de estar presente em todas as ocasiões. No fundo, você terá que aprender a ser mãe de toda a família.

Provavelmente você passará por uma grande fase de ansiedade e de angústia nas primeiras semanas após o parto, o que também é absolutamente normal, principalmente porque de uma hora para outra, será responsável por cuidar daquele ser tão pequenino. É naturalmente compreensível que suas forças, após alguns dias, comecem a faltar. Mas o importante será acudir sempre ao seu filho.

O aleitamento será uma das tarefas mais complicadas. No início, vai parecer que seu bebê não quer mamar, mas depois acabará se tornando algo muito frequente. Você deverá corresponder sempre aos seus pedidos de mamada, até mesmo para evitar que ele chore, e só deverá parar quando o bebê não quiser mais. Infelizmente será necessário controlar o sono por causa das mamadas, que com certeza, serão várias durante a madrugada. Por isso, recomponha-se, fazendo uma sesta nas horas vagas no decorrer do dia. Assim, seu stress, bem como o cansaço, diminuirão, e as energias poderão ser carregadas. Caso seu bebê esteja mamando na mamadeira, o papai poderá lhe ajudar durante a noite para que você possa se recuperar para o próximo dia.



As características do recém-nascido

Não se preocupe se você notar algumas irregularidades ao observar seu bebê logo após o nascimento. Entretanto, se você estiver insegura quanto à aparência dele, converse com seu médico.
Existem muitos fatores que podem lhe parecer anormais, mas que são comuns em vários recém-nascidos.


A pele
A cor da pele do seu bebê poderá apresentar uma tonalidade azulada, acinzentada ou avermelhada, e com despigmentações, e se ele nascer após a 40ª semana, a pele também poderá estar seca e enrugada. Entretanto, tudo isso será passageiro.


A cabeça
A cabeça do seu bebê poderá ter uma forma alongada ou bicuda logo após o parto normal. Isto se dá em razão da maleabilidade do próprio crânio, que se alonga e se molda durante o nascimento. Além de facilitar o parto, esta é uma forma que a natureza encontrou para que o cérebro dos bebês não sejam danificados. Como a pele, esta também será uma situação passageira, pois a cabeça voltará a ficar arredondada de dois a três dias após o nascimento.


A tetinhas
As tetinhas do seu bebê, independente do sexo, poderão apresentar-se inchadas e avermelhadas. Isto é normal e tem a ver com a presença dos hormônios da mãe no sangue do bebê. O mesmo acontece com as áreas genitais. Tudo isso é transitório e desaparece espontaneamente.


Os reflexos e sentidos
O recém-nascido reage a quase todos os estímulos, incluindo o som e a luz. Ao ouvir um som alto, por exemplo, ele chora e estica os braços. Ao tocar com o dedo em sua mão, ele tende a apertá-lo, e o danadinho aparenta querer andar quando é segurado de pé em uma superfície plana.


A estrutura
O recém-nascido apresenta um peso médio 3200g, 50cm de altura e entre 34 e 35cm de perímetro cefálico.


As fezes
O recém-nascido costuma evacuar várias vezes ao dia, inclusive depois das mamadas. As primeiras fezes eliminadas por ele são chamadas de "mecônio", um material viscoso e de cor verde-escuro, que gradativamente vai se tornando amarelado.



Cuidados com o recém-nascido


Os olhos
O inchaço em torno dos olhos e no rosto do seu bebê é normal. Caso os olhos estejam com remelas, limpe-as com um algodão umedecido em água fervida, do canto do olho para fora.

O umbigo
A área do cordão umbilical precisa estar sempre limpa e seca. Sua limpeza deve ser feita uma vez por dia, com uso de sabão neutro durante o banho, até a queda espontânea do coto umbilical, que ocorre por volta do 7º dia após o nascimento.
Após a limpeza, seque o umbigo com uma toalha, e em seguida, passe em toda a região um cotonete umedecido em álcool 70º. NUNCA utilize qualquer tipo de creme, pomada ou curativo, e não cubra o umbigo com faixas, pois ele deve ficar arejado para permanecer bem seco. Procure evitar que a cintura da fralda fique sobre o umbigo. Se você notar alguma anomalia na área do umbigo, como um cheiro intenso, inchaço ou vermelhidão, entre imediatamente em contato com o pediatra, pois uma infecção nesta região é super perigosa.


O banho
O banho do seu bebê deve ser diário e de preferência no período mais quente do dia, entre as 11:00 e 15:00h, num ambiente livre de correntes de ar e próximo ao local de troca. Uma vez definido o horário, este deverá ser mantido como rotina.
Deixe todo o material para o banho previamente preparado (toalhas, roupas, fralda e produtos de higiene). Quanto à temperatura da água, deverá ser de 36ºC, não sendo preciso usar um termômetro para fazer a verificação. Basta você colocar o punho ou o cotovelo na água, que deverá estar morna.
Após despir o seu bebê, limpe muito bem seu bumbum (fora da banheira com algodão umedecido em água morna) e inicie o banho. Utilizando uma esponja bem macia e sabonete neutro (glicerina), lave primeiro o cabelo, jogando a água da frente para trás, depois o rosto e em seguida o tronco, braços, barriga, região genital, pernas e pés. Não se esqueça das dobrinhas e das axilas e não esfregue o sabonete diretamente em sua pele.
Após o banho, seque muito bem o seu bebê, principalmente o umbigo, tomando cuidado para não esfregar a toalha sobre sua pele, e sim apalpando-a.
Corte suas unhas (duas vezes por semana) usando uma tesourinha sem pontas e deixe-as bem arredondadas para que ele não se arranhe.
Cuidado!!! Não introduza cotonetes nos ouvidos do seu bebê e não utilize talco, colônias ou perfumes.


As fraldas
Troque as fraldas do seu bebê sempre que necessário e não economize, pois assim diminui-se os riscos de assaduras. Caso for utilizar fraldas de pano, lave-as sempre com sabão neutro (glicerina ou côco).
Nas meninas, a limpeza do bumbum deve ser feita da frente para trás, para se evitar riscos de infecção vaginal.


As chupetas e mamadeiras
Seria ótimo se seu bebê não usasse a chupeta. Mas se isto não for possível, a solução é escolher o modelo correto.
O tipo do bico da chupeta deve ser ortodôntico, assim como o da mamadeira, e tem que estar de acordo com a idade da criança. Às vezes um bebê não aceita a chupeta porque é muito grande para sua idade. O material da chupeta pode ser em látex ou silicone. Mas o importante, é que o bico seja anatômico, de modo que se encaixe no palato (céu da boca) e tenha apoio para a língua, deixando-a na posição correta de descanso. A aba ou parte externa da chupeta, tem que acompanhar a curvatura do rosto do seu bebê, provocando vedação labial, para impedir que ele crie o mau hábito de respirar pela boca.


As roupinhas
As roupinhas do seu bebê devem ser sempre lavadas com sabão neutro, enxaguadas com bastante água corrente e passadas a ferro quente antes do uso. Nunca utilize goma ou amaciante de roupas quando for lavá-las. Estes produtos poderão irritar a pele dele. Além disso, não use perfumes ou sachês nas roupinhas, pois o bebê seu pode ser alérgico.


As vacinas
Apesar das defesas que o bebê ganha através do aleitamento materno, existem doenças contra as quais ele deve ser imunizado. Esta imunização se dá através de vacinas, que devem ser aplicadas de acordo com o Calendário de Vacinação, desde os primeiros dias de vida.
A vacinação permite o controle e/ou erradicação de doenças graves como por exemplo, a Poliomielite, o Sarampo, a Tuberculose, a Hepatite B, a Rubéola e outras.
O "Cartão de Saúde da Criança" é o primeiro documento do bebê e agrega em um único instrumento, além do registro de todas as vacinas, uma série de informações, tais como: os dados de identificação do seu bebê, anotações sobre o parto e condições de nascimento, um gráfico para acompanhamento da evolução do peso/idade, doenças mais importantes, dados da imunização e etc.


O Teste do pezinho
O chamado "Teste do pezinho", isto é, a extração de algumas gotinhas de sangue do calcanhar do recém-nascido, serve para testar o funcionamento genético do seu metabolismo, e tem como objetivo detectar precocemente algumas doenças, tornando possível o tratamento imediato, até mesmo antes que elas se manifestem. Quando você sair da maternidade, receberá, além de outras informações, a requisição para realizar o teste, que deve ser feito quando o seu bebê estiver com 2 a 7 dias de vida.


A hora da naninha
Os bebês costumam dormir cerca de 21 horas por dia, sendo o sono super importante para o seu desenvolvimento regular e saudável. Quando você puser seu bebê para dormir, deixe-o sempre de costas ou de lado e nunca coloque-o de barriga para baixo, por causa daquilo que se chama "Síndrome de Morte Súbita". Ela ocorre com mais frequência entre os 2 e os 6 meses.
Antes de deitá-lo, não esqueça de fazê-lo arrotar, caso o tenha amamentado, e alise muito bem os lençóis do berço para que dobras não machuquem sua pele. 

As visitas ao pediatra
Quando seu bebê estiver com aproximadamente 7 dias de vida, é importante fazer a primeira visita a um pediatra.
Nesta consulta será realizado um exame geral, onde o peso e a estatura dele serão conferidos. Além disso, é nesta oportunidade que você deverá esclarecer as dúvidas.
As próximas consultas deverão ser mensais, para que haja um acompanhamento periódico quanto ao crescimento e desenvolvimento do seu bebê. Se surgir alguma dúvida ou se seu bebê não estiver bem, entre imediatamente em contato com o pediatra.




O choro do bebê

O choro do bebê é uma das coisas que mais causam confusão às mães. No começo, a mãe não consegue compreender porque ele tanto chora, o que só será possível após algum tempo. Mas com certeza, sempre há uma razão para tal manifestação.
É através do choro que o seu bebê se comunica com você, e geralmente ele chora porque está com fome, com calor ou frio, cansado da posição em que se encontra, com a fralda suja, necessitando de colinho, carinho e atenção ou até mesmo porque não está se sentindo bem.
O importante é aprender a identificar o choro dele e responder de imediato às suas exigências, mas sempre evitando correr a cada vez que ele chora, pois ele pode se acostumar e usar o choro como uma estratégia para nunca ficar sozinho.
Se mesmo dando toda a atenção e cuidados ao seu bebê, ele continuar chorando convulsivamente, convém levá-lo ao pediatra para que se possa avaliar o porque do choro.




As cólicas do bebê

Seu bebê está chorando incessantemente, enquanto dobra as perninhas em direção à barriga e não consegue dormir de forma alguma?
Geralmente estes sintomas indicam que ele está sentindo a chamada "cólica dos três meses" e vai demonstrar seu sofrimento chorando durante horas.
A cólica afeta a maioria dos bebês e pode durar até o terceiro mês, desaparecendo de repente sem qualquer tipo de tratamento. Ainda não se sabe, com certeza, o que as provoca, mas alguns pediatras dizem que elas são causadas pela dificuldade que os bebês têm para se adaptar ao leite materno, enquanto outros dizem que são provocadas pelo excesso de ar no estômago ou até mesmo, pela ansiedade transmitida pelos pais.
Infelizmente não existe tratamento para este tipo de problema, mas medicamentos para aliviar as cólicas podem ser utilizados, desde que prescritos pelo médico. É importante ressaltar que, quando as cólicas surgem, o pediatra deve ser consultado, principalmente se um outro sintoma como falta de apetite, febre ou perda de peso, aparecer junto, pois isto pode significar a presença de alguma doença.

Aqui vai uma dica que pode ajudar bastante, mas consulte o pediatra mesmo antes de fazer os exercícios abaixo:

Quando seu bebê estiver apresentando as cólicas, coloque-o deitado de costas sobre a cama, ou seja, virado com a barriguinha para cima e, com movimentos de vai-e-vem, segure nos pezinhos, leve seus joelhos até a barriguinha e volte a esticar as perninhas. Depois, com ele na mesma posição, faça movimentos como se ele estivesse pedalando numa bicicleta, ou seja, estique uma perninha, enquanto leva o joelho da outra até a barriguinha, em movimentos circulares. Faça estes dois exercícios alternadamente durante alguns minutos cada.




A febre do bebê

Quando você, num simples toque, perceber que seu bebê está febril, deve imediatamente medir sua temperatura com o auxílio de um termômetro. A medição deve ser feita na axila ou na virilha e nunca na boca, porque o termômetro pode se romper, o que é muito perigoso para o bebê. Quando medida na axila, a temperatura considerada normal é até 36,5ºC e na virilha, até 37,5ºC. A elevação da temperatura é a indicação de que alguma coisa não está bem e se torna perigosa quando ultrapassa os 42ºC. Portanto, se seu bebê apresentar alteração na temperatura, por um grau que seja, não deixe de levá-lo o quanto antes ao pediatra.



Fica aqui um lembrete: Nunca dê remédios ao seu bebê sem o consentimento do pediatra, mesmo que pareça inofensivo.

Brinquedos x Quarto

Estimulando a criatividade das crianças


Olá pessoal! O tema de hoje é brinquedos!


Ok, vocês devem estar se perguntando: “o que isso tem a ver com decoração? Layout? Quarto do bebê?”
Na verdade não vou falar apenas dos brinquedos, e sim da importância do ato “brincar” no quarto.


No mesmo minuto em que a criança nasce é um aprendizado atrás do outro, coisas novas surgem no piscar dos olhos dela a cada segundo.
O espaço que esse serzinho irá crescer é muito importante e influenciará muito no aprendizado dele. Quando falamos em brinquedos educativos, estamos estimulando mais ainda a criatividade das crianças, por isso, não esqueçam, deixar os brinquedos ao alcance delas é uma ótima alternativa.


Temos três fases bastante importantes no quarto das crianças.

A primeira é quando o bebê está no berço, tirá-lo de lá de dentro para brincar no chão com brinquedos adequados faz super bem para ele! O toque, o cheiro, a percepção de cada cor, faz com que o bebê interaja com aquele brinquedo.
Deixe um espaço no centro do quarto para isso, espalhe os brinquedos no chão e deixe ele se divertir. É importante que na concepção do projeto seja pensado nesse espaço, um lugar confortável para ele brincar é indispensável.
Escolha um tapete gostoso (cuidado com os alérgicos!), ou mesmo as placas de EVA são ótimas soluções, é um material de fácil limpeza, confortável e muitas delas as crianças montam e desmontam.

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Depois temos a fase que ele sai do berço e vai para a “caminha”, já caminha com as próprias pernas (alguns já há algum tempo), busca com o que quer brincar, sabe o que gosta, porém ele adora besteirinhas, por isso é uma fase bastante crítica. A curiosidade cada vez mais aguçada faz com que aquelas miniaturas de vidro da vovó façam seus olhos brilharem! Não deixe qualquer objeto pequeno tão perto assim da mãozinha dele (pelo menos por um tempo). Nessa fase, um papel em branco e lápis de cor faz a alegria. Cuidado com as paredes, crianças nessa fase adoram ser artistas (rs)!

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Uma opção super bacana para isso, são as paredes de lousa de giz. Escolha uma parede do quarto, aplique uma tinta esmalte sintética (as cores mais escolhidas são: verde ou preto) e pronto! Terá uma bela lousa de giz. As crianças pintam, rabiscam, apagam e começam de novo! Claro! Cuidado com o giz, muitas crianças têm alergia ao pó que ele solta.






A outra fase é quando a criança vai para uma cama maior e já sabe fazer várias coisas sozinha. Então, porque não fazer algo inusitado para o quarto dela? Por exemplo, quando duas crianças maiores dormem no mesmo quarto, a solução muitas vezes para duas camas é fazer um beliche, correto? E por que não fazer um beliche para uma criança só? A sensação é como se ela tivesse dois andares dentro do próprio quarto. Um andar de cima para dormir e um andar de baixo para brincar, estudar e receber os amigos!

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Dá um projeto e tanto! Que tal? Futons presos na parede, dão charme e são super úteis ao quarto. Imagina um colchão com uma estampa bem diferente e alegre? Ele pode ficar na vertical preso na parede por elásticos e quando um amigo, primo, vizinho, pai, mãe, avó, avô, tios, quiserem tirar um cochilo no chão, pronto! Fácil e prático!


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O que acham? Vamos tentar?

Brinquem e divirtam-se!

Enxoval do Bebê

Sugestão de compras


Fazer o enxoval do bebê que está chegando é um dos momentos mais esperados pela mamãe. Entretanto, diante da empolgação, ela acaba se esquecendo de alguns detalhes que devem ser lembrados na hora das compras. As roupinhas, por exemplo, devem ser compatíveis com a estação climática do ano (primavera, verão, outono ou inverno) e de preferência, de algodão ou lã. No caso dos macacões, os com abertura nos fundilhos são os mais recomendados, pois são mais práticos. Deve-se levar em conta também, que o bebê cresce rapidamente, portanto não é necessário exagerar na quantidade das peças.

Provavelmente você já deve saber qual é o sexo do seu bebê, mas caso tenha optado por saber somente na hora do nascimento, compre poucas peças e procure por cores neutras, como amarelo, branco e verde. Depois de o bebê nascer, aí sim compre o restante do enxoval com as cores compatíveis com menino ou menina.

Abaixo você tem a nossa sugestão de compras para o enxoval. Há uma infinidade de lojas que são especializadas em enxovais de bebê, basta você dar uma procurada, pesquisar preços e comprar o que mais lhe agrada.

Algumas orientações:

  • Sempre lave todas as roupinhas, toalhas, lençóis, cobertores, mantas e etc. com sabão neutro, enxaguando com bastante água corrente, e depois passe tudo a ferro quente antes do uso;
  • Nunca use goma ou amaciante de roupas na lavagem, pois estes produtos podem irritar a pele do seu bebê;
  • Nunca coloque perfumes ou sachês, pois seu bebê pode ser alérgico.




Roupinhas

  • 4 conjuntos de camisinhas pagão de malha ou cambraia
  • 4 macacões com mangas compridas com pezinho (4RN e 4P)
  • 4 macacões com mangas curtas sem perna (2RN e 4P)
  • 8 camisetas (4 de mangas curtas e 4 de mangas compridas)
  • 2 conjuntos de lã (macacão, casaco, toca, sapatinhos...)
  • 6 pares de meia tamanho 00
  • 6 culotes de malha ou atoalhados
  • 2 pares de sapatinho nº1
  • 6 babadores
  • 1 conjuntinho para sair da maternidade
  • 1 chale
  • 8 fraldas de boca
  • 2 pares de luvas




Dormitório

  • 1 enfeite para a porta
  • 1 abatjourzinho com lâmpada de 40W
  • 1 berço (O espaço entre as barras da grade não deve ultrapassar 6 cm)
  • 1 cômoda (Dê preferência a uma que possua trocador)
  • 1 guarda roupas
  • 1 poltrona para amamentação
  • 2 móbiles




Cama & Banho

  • 3 viras de mantas
  • 2 mantas de lã
  • 2 mantas de linho ou algodão
  • 2 cobertores
  • 4 jogos de lençóis e fronhas para berço
  • 3 jogos de lençóis para o carrinho de passeio
  • 2 colchas
  • 2 travesseirinhos para berço
  • 1 travesseirinho para carrinho de passeio
  • 2 edredons
  • 2 trocadores
  • 3 toalhas com capuz
  • 2 toalhas sem capuz
  • 6 toalhas de fralda
  • 1 mosquiteiro para berço
  • 1 protetor de colchão
  • 2 jogos de protetor de berço




Alimentação

  • 1 garrafa térmica
  • 1 prato térmico
  • 2 jogos de pratinhos
  • 2 jogos de talheres para bebê
  • 2 mamadeiras 240 ml (Bico de silicone e anatômico)
  • 2 mamadeiras 150 ml (Bico de silicone e anatômico)
  • 2 chuquinhas
  • 1 coador pequeno
  • 1 conjunto de funis
  • 1 kit de escovas para limpeza de mamadeiras
  • 1 aquecedor de mamadeiras
  • 1 esterilizador de mamadeiras
  • 2 porta mamadeiras


Farmácia

  • 2 dúzias de fraldas de pano
  • 10 pacotes de fraldas descartáveis tamanho RN
  • 4 calças plásticas
  • 2 rolos de fita adesiva
  • 2 caixas de cotonetes
  • 1 escova macia
  • 1 pente
  • 1 tesourinha romba
  • 1 pinça
  • 1 garrafa de álcool 70%
  • 2 pacotes de algodão em bolinhas
  • 3 potes de lenços umedecidos
  • 2 tubos de pomada para prevenção de assaduras ( sugestão: Hipoglós)
  • 5 sabonetes de bebê (neutro/glicerina)
  • 1 xampu neutro
  • 1 termômetro para banho
  • 1 lixeira com pedal
  • 1 saboneteira
  • 1 escova de dentes para bebê
  • 1 loção hidratante
  • 1 aspirador nasal
  • 1 pote de talco com amido ( sugestão: Johnson's)
  • 1 potinho para chupetas
  • 1 kit de colheres de medida para remédio
  • 4 prendedores de chupeta
  • 3 chupetas ortodônticas
  • 1 mordedor
  • 2 caixas de protetor de seios
  • 1 Tira leite




Acessórios

  • 4 caixas de lembrancinhas
  • 1 álbum do bebê
  • 1 enfeite para a porta do quarto da maternidade
  • 1 cesta para colocar miudezas de troca e produtos de higiene
  • 1 porta roupas sujas
  • 1 banheira (Deve ser de fácil limpeza para não reter sujeira)
  • 1 babá eletrônica
  • 1 Moisés
  • 1 carrinho de passeio
  • 2 capas para carrinho de passeio
  • 1 bebê conforto
  • 2 bolsas (1 pequena e 1 grande)
  • 1 cadeira para automóvel
  • 1 baby bag
  • 1 cercadinho
  • 1 cadeirão

Amamentação

Um ato de amor entre mãe e filho


Finalmente!!! Depois de longos meses já é possível ter seu bebê em seus braços. A gestação deve ter propiciado momentos para esclarecimento de dúvidas com o médico ginecologista e favorecido a prática do aleitamento materno através de conversas abertas e transmissão de conhecimentos para a mamãe e sua família.

O profissional de saúde realiza uma sondagem para averiguar o grau de motivação materna para amamentar seu bebê e, diante das evidências, trabalha de forma a mostrar os benefícios desta prática e as condições em que ela pode acontecer. São muitos os fatores que podem atrapalhar o aleitamento, mas estes são anulados se a mamãe quiser de fato amamentar e estiver com a saúde em dia. Retorno ao trabalho, “pouco leite”, fissuras e rachaduras, conformação dos mamilos, bebês com lábio leporino são algumas das dificuldades enfrentadas, mas todas elas têm solução e não há necessidade de facilitar o desmame precoce. Bicos artificiais de qualquer natureza devem ser evitados, principalmente ao sinal de qualquer dificuldade, até que o binômio mãe-filho seja avaliado pelo médico ou consultor em aleitamento materno.


Importante:

É de extrema relevância que a família ofereça apoio à nutriz, principalmente nos primeiros dias pós-parto, para que esta possa amamentar sobre livre demanda, sem preocupações, e tenha paciência para enfrentar as dificuldades e alcançar o doce prazer de amamentar.



Benefícios que o ato de amamentar traz

A sucção realizada pelo bebê para extrair o leite materno estimula a produção de hormônios prolactina e ocitocina no cérebro. A prolactina é responsável pela produção láctea e a ocitocina pela ejeção do leite, promovendo a involução uterina. Com isso, o órgão volta mais depressa ao seu tamanho normal.

O leite materno tem sempre a composição certa para cada fase do desenvolvimento do bebê, alterando-se à medida que a criança cresce. Ele é de fácil digestão, não faz o bebê engordar demais e ajuda a eliminação do mecônio de modo mais rápido. Além disso, previne alergias, doenças respiratórias, diarréias, anemias, desidratação, diabetes mellitus na vida adulta e está sempre na temperatura ideal e estéril, salvo algumas doenças maternas que contra indicam o aleitamento, como o HIV por exemplo. O leite materno contém anticorpos da mãe que passam para o bebê na forma de vacina natural, protegendo-o contra infecções.
O leite materno é econômico, pode ser transportado para qualquer lugar, a qualquer hora, sem necessidade de levar junto toda a parafernália de material para transporte, esterilização e conservação que uma mamadeira exige.



O que você saber sobre a amamentação

Nas primeiras 72 horas após o parto, seus seios produzem uma pequena quantidade de uma substância espessa, amarelada e transparente chamada colostro. O colostro é particularmente importante e valioso para o seu bebê, pois é riquíssimo em anticorpos que o protegem contra uma série de infecções, como a respiratória e a intestinal, e possui água e uma grande quantidade de proteínas. Portanto, recomenda-se que seu bebê mame imediatamente após seu nascimento para ser protegido destas infecções e para acostumar-se com a sucção do seio.

É comum o colostro demorar para aparecer ou o bebê se recusar a mamar nos primeiros contatos com a mãe, especialmente se for prematuro. Apesar da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, infelizmente ainda há maternidades que oferecem fórmula infantil após o nascimento para evitar hipoglicemia, o que faz com que ele não tenha fome e disposição para sugar nas horas subseqüentes. Se esta situação persistir, é preciso solicitar avaliação da equipe de saúde antes que a reserva de energia do bebê se esgote.

Aproximadamente entre o quarto e o quinto dia pós-parto, o seio começa a produzir o leite. A partir daí, quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido pelas glândulas mamárias. O bebê fará uma refeição completa em três fases do leite, em uma mesma mamada: Na primeira fase o leite é mais “aguado”, pois predomina água para a sede, a segunda tem predominância de proteínas para o perfeito crescimento e desenvolvimento, e a terceira o leite é mais encorpado, pois há predominância de gordura para o ganho de peso.



Recomendações para uma amamentação correta

Amamentar não requer grandes preparativos. Tudo que você precisa fazer antes é lavar as mãos com água e sabonete, manter as condições de higiene do ambiente para preservar o bem-estar da mamãe e do bebê. É importante que seu filho seja amamentado em ambiente tranquilo, onde nem você, nem ele, sejam incomodados.

A amamentação deve ser feita com você sentada confortavelmente, envolvendo o bebê com seu braço de modo que a cabeça dele fique apoiada na dobra do seu cotovelo. É fundamental que não só a cabeça do bebê fique voltada para a mama, mas também todo o corpo, barriga com barriga, queixo e nariz devem tocar o seio. O bebê deve ser trazido em direção ao mamilo, com a boca bem aberta para que possa abocanhar toda a aréola, deixando o lábio inferior voltado para fora, à medida que é possível ver mais aréola acima do lábio superior, que do inferior, em uma “pega assimétrica”. Considera-se que a “boa pega” é o fator mais importante para prevenir problemas que levam ao desmame precoce.

Deve-se fazer um rodízio das mamas a cada mamada, para que o bebê possa se beneficiar de todas as fases do leite. Enquanto mama, o reflexo de ocitocina pode fazer com que a nutriz sinta o leite descer pelos ductos e haja vazamento de leite pela mama contrária.

O ideal é que as mamadas aconteçam sob livre demanda, de 2 em 2 horas ou de 8 a 12 vezes em 24 horas. Não se deve limitar o tempo das mamadas, pois cada recém-nascido tem seu próprio ritmo. Alguns mamam mais rápido, outros mais lentamente, sendo importante avaliar se o bebê está fazendo a sucção de modo suficiente para seu perfeito crescimento e desenvolvimento.

É comum algumas mamães relatarem que sentem a necessidade de utilizar o dedo indicador para evitar que a mama obstrua a respiração do bebê durante o aleitamento. O que estas nutrizes não sabem é que esta prática pode impedir o fluxo de leite para os mamilos e que, se o posicionamento e a pega estiverem adequadas, o nariz do bebê ficará livre.

Se o bebê adormecer enquanto mama, é necessário fazer uma manobra para que ele solte o mamilo sem machucá-lo: A mamãe deve colocar o dedo mínimo, devidamente higienizado no cantinho da boca do bebê para que ele movimente a mandíbula e solte o mamilo. Depois de cada mamada, seu bebê deve ser posto de pé contra o ombro para que possa arrotar e eliminar o excesso de gases. Mas se isso não acontecer depois de algum tempo, e ele estiver bem disposto, não é necessário insistir, pois alguns bebês de fato demoram mais para arrotar, ou o fazem sem sons audíveis.

Após o bebê arrotar, é importante colocá-lo sempre deitado de barriga para cima, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, e não de lado como se pensava. Por mais estranho que pareça, estudos mostram que esta posição oferece mais segurança para o bebê, evitando broncoaspiração por refluxo de leite.

Deve-se evitar a utilização de sabonetes ou loções para higienizar os mamilos, para que a hidratação natural seja preservada e evite traumas.



Conselhos

O choro é um sinal tardio de que o bebê está com fome. Construa uma relação com o recém-nascido e aprenda a interpretar seus sinais. Levar a mãozinha à boca, fazer movimentos de sucção, o despertar de um sono profundo, podem ser boas dicas de que é hora de alimentá-lo. Além disso, as mamadas noturnas são importantes e com o tempo serão reguladas pelo próprio bebê.

Antes de amamentar, verifique se seus mamilos estão macios. Se o mamilo não estiver macio e a aréola estiver esticada, o bebê pode ter dificuldade para abocanhar a aréola e causar rachaduras. Para amaciá-los, é preciso esvaziar com a expressão manual, pressionando a parte de trás da aréola, onde o leite fica armazenado.

Ao contrário do que muitas mamães pensam, o ingurgitamento mamário é causado pela retenção de leite e não pelo excesso de produção láctea. É normal entre o 3º e 5º dia pós-parto devido à apojadura. Para evitar é preciso tratar esta condição, oferecendo o seio mais vezes e retirando o excesso manualmente ou com bombas, caso o bebê já esteja saciado. Fazer compressas frias após as mamadas vai oferecer um enorme alívio para o desconforto. Além disso, não se deve pular nenhuma mamada, nem mesmo as noturnas, pois pode agravar o quadro. Quanto mais o bebê sugar, mais rápida será a recuperação.

Se amamentar nos primeiros dias não for tão instintivo quanto deveria ser, tenha paciência e jamais interrompa o aleitamento sem antes consultar um profissional de saúde. Para todo problema há uma solução, e tudo depende do quanto você deseja amamentar seu bebê e oferecer a ele o maior dos presentes: Saúde.



Não pare de amamentar

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a amamentação é essencial no primeiro ano de vida, mas, de preferência, deve continuar até a criança completar dois anos ou mais. Deve ser exclusiva (sem água, chás, sucos ou qualquer outro alimento que não o leite humano) até o sexto mês e complementada de acordo com orientações do pediatra a partir desta idade. A amamentação é importante em todo este período, para manter a qualidade do vínculo emocional mãe e filho e continuar protegendo a criança de infecções e processos alérgicos. De acordo com os especialistas, as defesas próprias da criança amadurecem aos poucos e com menos traumas se ela continuar a receber, por um bom período, as proteínas, enzimas e anticorpos da mãe. Formando um escudo contra diarréias, alergias, otites e infecções respiratórias, entre outras coisas, o leite materno defende a criança que, assim, reserva energia para combater outros agentes externos aos quais, inevitavelmente, estará exposta em seus primeiros anos de vida.

Por incrível que pareça, ainda há mulheres que deixam de amamentar seus filhos muito cedo para evitar falatórios, do tipo: "caramba, um garotão desse tamanho ainda mamando!". As mães não devem se incomodar com tal tipo de falatório, nem se envergonhar de amamentar seus filhos quando já crescidinhos. As outras pessoas é que devem lembrar que a amamentação, além de ser muito importante para a saúde e o desenvolvimento da criança, é um ato de amor entre mãe e filho.




Se você quiser saber mais sobre aleitamento materno, acesse a opção “Aleitamento” no menu ao lado.