Perigo para o futuro
Crianças obesas na infância, isto é, que estão com peso 40% acima do
ideal, são mais propensas a desenvolver distúrbios alimentares no
futuro, como a Bulimia, que é um distúrbio que faz a pessoa comer
compulsivamente e em seguida provocar vômito, e a Anorexia, que tem o
efeito contrário, ou seja, a pessoa come cada vez menos, o que pode
levá-la à morte por falta de nutrientes.
A obesidade tem um forte componente emocional, mas não é o único
gatilho, mas sem dúvida é um fator de peso em alguns casos (quando
muitas vezes, o alimento adquire um significado afetivo na vida da
criança obesa). Ou, então, os pais ausentes no dia-a-dia se sentem
culpados, e não sabendo como expressar seus sentimentos e seu amor por
meio de afagos e diálogo, entopem o pequeno com guloseimas, confundindo
açúcar com afeto.
A ausência de limites para os filhos também eleva o ponteiro da balança.
A criança precisa compreender que não pode viver exclusivamente pelo
princípio do prazer, com todas suas vontades realizadas, sem lidar com
as frustrações.
Além de estar sujeita a problemas cardíacos, ortopédicos, pressão alta,
níveis elevados de colesterol e diabetes tipo 2, a criança obesa também
sofre na alma.
Muitas vezes é vítima de piadas, brincadeiras cruéis dos colegas da sala
de aula e também pode enfrentar dificuldades de relacionamento e baixa
auto-estima, sem contar a depressão.
Numa tentativa de perder peso a todo custo, ela pode até desenvolver
transtornos compulsivos, como os citados acima. Por isso, além de seguir
um programa de reeducação alimentar, o pequeno muito acima do peso pode
necessitar de um acompanhamento psicológico.
A ajuda da família é essencial para a criança emagrecer. A família
contribui para o sucesso do regime quando dá o exemplo. Isso deixa a
criança bem mais motivada.
Mas não há melhor forma de impulsionar os resultados que brincar de
correr, pular, bater uma bola, andar de bicicleta, andar ao ar livre,
pedalar nos pedalinhos do parque, jogar boliche, brincar de
pique-esconde, empinar pipa, enfim, incluir movimento na diversão do
dia-a-dia.
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